Trabalhadores de todo o Brasil tomaram Brasília no dia 24 de maio para se manifestarem contra as propostas do governo golpista de Michel Temer de reformas nas leis trabalhistas e previdenciária.
A “ocupação de Brasília” começou com um extraordinário movimento de unidade de todas as centrais sindicais e movimentos sociais organizados. Uma concentração gigantesca ao redor do Estádio Mané Garrincha desceu em direção ao Congresso Nacional. As centrais desceram em blocos, orientando a todos para uma manifestação ordeira contra os golpes nos direitos trabalhistas e previdenciários, além de um grito uníssono de “Fora Temer!”, cobrando o afastamento do presidente da República, após as graves denúncias de seu envolvimento nos esquemas de corrupção, divulgadas amplamente na imprensa e pareceres do Supremo Tribunal Federal (STF), Procuradoria Geral da República (PGR), Ministério Público Federal, Ordem dos Advogados do Brasil e outros.
O movimento democrático, no entanto, foi recebido à bala, bombas e a truculência digna dos piores exemplos herdados da ditadura. Manifestantes agredidos, feridos pelas bombas de efeito moral, pelo gás lacrimogênio, sprays de pimenta e até mesmo por armas letais, registrado em fotos na imprensa.
Temer se apegou ao poder com o último resto de forças que ainda lhe sobra e tentou incriminar as manifestações como baderneiros, radicais, mesmo que estejam muito claros os infiltrados com iniciativas típicas de vandalismo (segundo os defensores do regime) .
Os argumentos para manter os corruptos e o governo golpista podem ser acompanhados nos relatos da grande imprensa, tanto nas TVs quanto nos jornais impressos, que esconderam a gigantesca mobilização, que ia desde as imediações do Congresso Nacional até o viaduto anterior ao acesso do Estádio Mané Garricha, reduzindo a ocupação a 35 mil manifestantes, quando tínhamos em torno de 200 mil pessoas gritando contra a tentativa de “golpe no golpe”.
O clima podre de um governo assegurado por poderes corrompidos não mais se sustenta e as portas das cadeias estão à espera de figurões da República nas próximas decisões da Justiça. Não há clima para os corruptos e envolvidos nas propinas de aprovarem no Congresso Nacional os golpes contra os direitos trabalhistas e previdenciários.
Centenas de sindicatos e organizações enfrentaram a truculência ditatorial de Temer, exigindo sua renúncia e a convocação de “Eleições Diretas-Já! Esta é uma postura de luta necessária a todos os brasileiros conscientes das graves ameaçadas deste golpista a serviço dos interesses de patrões que compram os políticos por bilhões de dinheiros (reais, dólares, apartamentos e outras benesses) e ao custo da quebradeira do País, como enfrentamos tragicamente.
VEJA ALBUM DE FOTOS: