O sindicalista Paulo Cézar dos Santos representou a Força Minas em reunião entre representantes das centrais sindicais, realizada na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede), no Centro da Capital mineira, em 09/03.
Na pauta, as ações programadas pelas centrais no processo de enfrentamento da crise econômica, cujos efeitos são sentidos diretamente pelos trabalhadores, que perdem os empregos, em razão dos efeitos da recessão. As consequências também são notadas nas negociações coletivas e na dificuldade encontrada pelos sindicatos de obter a reposição das perdas provocadas pela inflação e no reforço dos vencimentos, através da conquista de aumento real.
Foram apresentadas ações que focalizam o combate à crise, como o ato público promovido pela Força Sindical, em frente ao prédio da Usiminas, em Belo Horizonte; a realização de ato de servidores públicos das esferas municipal, estadual e federal, no Centro da Capital e a promoção de tribunal popular, dentro da campanha de responsabilização das empresas Samarco, Vale do Rio Doce e BHP, pelos prejuízo causados à comunidade pelo rompimento da barragem do Fundão, em 05/11/15, e que cobra estabilidade para os empregados e indenização justa para as famílias.
EFEITOS DANOSOS DA CRISE
Os relatos apresentados pelos sindicalistas retratam os efeitos preocupantes da crise econômica, em Minas Gerais. No setor siderúrgico, por exemplo, que sofre com a baixa demanda, levou uma das empresas ícones de Minas Gerais a encerrar a produção. A Vallourec informou que a usina do Barreiro, antiga Mannesmann, desligará, em abril o primeiro alto-forno da empresa, até o segundo semestre de 2018, o segundo alto-forno e toda a produção de aço será desativa.
Também a siderúrgica mineira Usiminas, com operações em Ipatinga (MG) e Cubatão (ex-Cosipa), na Baixada Santista (SP), passa por um momento dramático. Altamente endividada e sem caixa para manter as operações, a companhia, que já foi um dos principais símbolos da indústria do aço de Minas Gerais e do País, corre risco de entrar em recuperação judicial. O processo de demissões em curso já afeta a economia, tanto da Baixada Santista, como a de Ipatinga.
Em janeiro, a Usiminas suspendeu as áreas primárias de produção de Cubatão (coquerias, sintetizadores e aciarias), desligou mais um dos seus altos-fornos e deve concluir até o fim deste mês o corte de 1,8 mil trabalhadores diretos.
O anúncio de suspensão das atividades de Cubatão e de cortes foi feito pela siderúrgica em outubro do ano passado. À época, o grupo informou que as medidas tinham de ser feitas para que o grupo pudesse “se readequar à realidade do mercado”. Em maio, um dos altos-fornos de Ipatinga já tinha sido desativado. Agora, apenas dois dos cinco estão em operação.
CETER-MG
Desde 23/12/15, Paulo Cézar dos Santos, da Força Sindical, assumiu a presidência do Conselho Estadual do Trabalho, Emprego e Geração de Renda no Estado de Minas Gerais (CETER-MG), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social (Sedese).
O CETER-MG é o organismo encarregado, em âmbito estadual, pela deliberação sobre a política pública referente à geração de trabalho, emprego, renda e qualificação profissional.
Renato Ilha, jornalista (MTP 10.300)
Fonte: Força Minas